Dos problemas decorrentes da má circulação, o mais frequente são as varizes. Cerca de 40% da população brasileira precisa lidar com o incômodo provocado por elas, segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. O tratamento, geralmente, ocorre através da remoção cirúrgica das veias comprometidas, mas uma nova técnica vem sendo difundida e muito requisitada nesta área da medicina para solucionar o problema, a escleroterapia ecoguiada com espuma.

 

A grande diferença entre o método convencional e o tratamento com espuma é que esta técnica é minimamente invasiva, ao mesmo tempo que apresenta uma eficácia maior. Este procedimento utiliza um esclerosante líquido, chamado Polidocanol, que é misturado com o ar e transformado em espuma, não necessita de anestesia, ocorre de forma mais rápida e permite ao paciente uma recuperação mais tranquila sem que ele precise se ausentar de suas atividades rotineiras.  O tratamento já está disponibilizado também no Sistema Único de Saúde (SUS), com a expectativa de que a fila de espera dos pacientes seja reduzida significativamente.

 

Por ser uma doença que não tem cura, nenhum dos tratamentos consegue erradicar totalmente o problema e sim controlá-lo. Assim como a cirurgia, a escleroterapia tem o objetivo de amenizar os sintomas e evitar as complicações causadas pelas varizes. Cada caso deve ser avaliado separadamente, para alguns a cirurgia pode ser a melhor opção, para outros, a escleroterapia com espuma. O indicado é consultar um Cirurgião Vascular para avaliar o melhor tratamento. ?Com esse novo procedimento, é possível tratar todos os tipos de varizes, mas o resultado é melhor nas veias de médio e grosso calibre, inclusive nos casos mais avançados da doença, onde surgem as úlceras nas pernas, por exemplo?, explica o Dr.Jorge Seraphim, presidente da SBACV-PE.